por Cristina Rogeiro

Quim Albergaria da banda Paus, Riot (um dos fundadores dos Buraka Som Sistema) e Ivo Costa (produtor de Sara Tavares), formam Bateu Matou. Três bateristas juntam-se a nomes do pop e hip-hop português, fundindo canções com música eletrónica de ritmos afro-portugueses. Este é um projeto que nunca tínhamos visto em Portugal, que nos recorda os tempos de Buraka Som Sistema.
Lançam em 2021 o seu primeiro disco “Chegou” trabalhando com artistas como Papillon, Irma, Héber Marques, Pité, entre outros. É sem dúvida um disco para dançar que é feito com muito bom gosto, tendo sido apresentado pela primeira vez na discoteca Lux Frágil no final de Maio. Este é um grupo a acompanhar que mostra ter potencial para fazer ainda muito mais. Com um conceito diferente que procura fundir artistas portugueses com a dance music, Bateu Matou têm tudo para dar certo. São como DJs, mas com remix’s muito orgânicos e ritmicamente ricos, visto que são 3 grandes bateristas com influência da música africana.

E já que passámos por eles, os Buraka Som Sistema acabam de lançar um disco ao vivo “Buraka Forever”, do seu último concerto junto à Torre de Belém em 2016. Esta é uma banda que foi feita para concertos, e portanto não haveria melhor forma de imortalizar uma Era do que com um disco ao vivo. Os Buraka representam diversidade cultural unida pela música e desde a sua despedida do panorama musical este assunto tem sido um hot topic. Por esta razão, não podia ter vindo em melhor hora. Já tínhamos saudades!