O mundo viu Miley Cyrus crescer, desde uma miúda da pop para uma voz que parece não ser do nosso tempo. Já foi muitas coisas, mas nunca um género musical lhe assentou tão bem como o rock.
De Cristina Rogeiro

Nos seus trabalhos ao longo dos anos já era possível reconhecer a influência deste estilo, mas o disco “Plastic Hearts” de 2020 veio confirmar que estamos a presenciar uma nova era da cantora. Depois de experimentar pop, country, hip hop, abraça o rock dos anos 80 e parece ter descoberto aquilo para o qual foi feita.
Há quem diga que hoje em dia já não se fazem lendas da música como antes, no entanto Miley Cyrus soa a uma artista que os nossos pais cresceram a ouvir. Faz um throwback ao rock dos anos 70 e 80 de uma forma muito moderna, sendo capaz de pôr aqueles que não cresceram a ouvir este género a cantar rock com o coração.
A artista assume que raramente ouve música pop. Cresceu a ouvir country e rock, apesar de o público se ter habituado a Miley no cenário da cultura pop. Destacou-se ao longo dos anos pelas suas várias versões de temas de Nirvana, Artic Monkeys, Led Zeppelin, Blondie, Eagles, Pink Floyd ou Metallica com “Nothing Else Matters”, que é a mais recente gravada pela cantora. É possível encontrar algumas semelhanças na sua voz com Stevie Nicks, aliás “Midnight Sky” é inspirado no clássico Edge Of Seventeen.
Miley Cyrus tem provado que o seu talento não tem limite e que não é uma artista pop comum, aliás já se torna difícil chamar-lhe uma artista pop. Pela primeira vez sente que se fala apenas da sua música e não da sua vida, sendo este um sinal de que a sua carreira está num muito bom caminho. O que virá a seguir? Não sabemos e é muito difícil fazer previsões com a artista mas é isso que a torna tão especial. Por enquanto podemos ver todas estas atuações daquela que é uma das melhores dos nossos tempos.